Mel

Você sabia o mel de abelha pode ter diferentes características? Continue lendo para saber mais!

O mel é viscoso, adocicado e de aroma agradável, apreciado desde a Grécia antiga e responsável por atrair milhares de consumidores devido às suas qualidades nutricionais (vitaminas, minerais, alto valor energético) e propriedades medicinais (ação antioxidante e anti séptica).

A matéria prima para a produção do mel pelas abelhas é o néctar, ou a excreção de afídeos (insetos que se alimentam da seiva das plantas) ou exsudato (substâncias químicas secretadas pelas raízes no solo) de plantas ou frutas. Esses insetos excretam um líquido adocicado na forma de gotas através do canal alimentar. Esse líquido se deposita na parte externa das folhas e em outras partes da planta. A abelha coleta esse líquido e o utiliza como matéria-prima para produção de mel. Geralmente, as abelhas preferem coletar o néctar como matéria-prima, utilizando outras fontes no período de baixa disponibilidade de néctar. Os méis de melato (produzidos a partir do líquido adocicado que os insetos excretam) só apresentam valor de mercado na Europa Central, enquanto, em outras regiões, são considerados inferiores (do ponto de vista estético) aos méis florais. 

O mel floral é produzido através do néctar e é o tipo mais apreciado no mercado. Pode ser monofloral, polifloral ou silvestre. Quando o néctar é coletado de uma única espécie vegetal, denomina-se monofloral. Se mais de uma espécie de planta estiver envolvida, ganha o nome de polifloral. Já o mel silvestre é um mel polifloral, mas produzido em vegetação primária, o que incorre na contribuição de néctar por espécies nativas. 

O mel também era utilizado como medicamento no Egito antigo, sendo um dos mais populares e chegando a participar de cerca de 500 remédios da época. Além disso, também era símbolo de fartura por ser a primeira fonte de açúcar utilizada pelo homem. 

O mel é composto por diversos açúcares, dentre eles a glicose e a frutose. Além disso, também pode apresentar quantidades de proteínas, aminoácidos, substâncias minerais, pólen, assim como pequenas concentrações de fungos, algas, leveduras e partículas sólidas resultantes do processo de extração do mel.

As características do mel como coloração, sabor e aroma variam de acordo com a origem floral. É comum encontrar variações na composição física e química do mel, pois são diversos os fatores que interferem na qualidade, como o tipo de florada, condições climáticas, espécie de abelha, estágio de maturação e o processo e armazenamento. 

É possível encontrar mel incolor (proveniente de flores como assa-peixe), de cor âmbar (flores de laranjeira), escura (eucalipto e silvestre) e pardo escuro (trigo sarraceno). Observa-se o escurecimento do mel com a idade e conforme a temperatura de armazenamento. Além disso, a contaminação com metais e o superaquecimento também podem escurecer o mel. Com frequência observa-se que o mel mais escuro pode ter de quatro a seis vezes mais sais minerais do que o mel mais claro, com ênfase no manganês, sódio, ferro e potássio. Mundialmente, os méis mais claros possuem preços mais elevados no mercado.

A viscosidade do mel depende da quantidade de água em sua composição, relacionado à sua densidade relativa. Quanto menos água, portanto, mais altas a densidade e a viscosidade.

Assista o vídeo abaixo para saber como é realizada a extração do mel. 


Uma das abelhas mais criadas no estado de São Paulo é a Tetragonisca angustula, popularmente conhecida como Jataí. Essa espécie não possui ferrão, é de pequeno porte e está presente em diversos estados brasileiros. Em colônias fortes, é possível extrair de 0,5 a 1,5 L de mel por ano.

Abelha Jataí

Essa espécie, embora produza mel em menor quantidade, fornece um produto diferente do da “abelha comum” (a Apis mellifera). A doçura e o aroma são característicos e, consequentemente, o preço do produto no mercado é mais alto.

100ml de mel da abelha Jataí pode custar cerca de R$50.

FONTES: 

MENDES, Carolina; SILVA, Jean; MESQUITA, Luciene; MARACAJÁ, Patrício. As análises de mel: revisão. Revista Caatinga. (Mossoró, Brasil), v.22, n.2, p.07-14, abril/junho de 2009.

ANACLETO, Daniela; SOUZA, Bruno; MARCHINI, Luis. Composição de amostras de mel de abelha Jataí (Tetragonisca angustula latreille, 1811). Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 29(3): 535-541, jul.-set. 2009.

MOREIRA, Ricardo; DE MARIA, Carlos. Glicídios no mel. Quim. Nova, Vol. 24, No. 4, 516-525, 2001.

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