Pedras – Ágata

Continue lendo para saber um pouco mais sobre as pedras ágata!

A ágata é um tipo de mineral chamado calcedônia (uma variedade de quartzo), muito utilizada em diferentes artefatos, como jóias e decorações. Essa gema é formada em cavidades de rochas vulcânicas.

As cores mais comuns são branco, marrom, laranja, vermelho, cinza e cinza-azulado, mas essa gema pode ser colorida artificialmente depois da lapidação. A cor preta pode ser natural ou não, enquanto a maior parte das ágatas encontradas são tingidas – cores como azul, verde, rosa e roxo são obtidas somente de forma artificial.

O principal estado brasileiro onde é encontrada a ágata é o Rio Grande do Sul, onde estão os maiores depósitos de geodos de ágata e ametista do mundo, especialmente no pequeno município do Salto do Jacuí, onde se encontram as maiores jazidas do estado, o maior depósito brasileiro de ágata (estima-se que essa área chega a 250m²) e também conta com a ágata umbu, encontrada em abundância no município e muito estimada no mercado europeu e asiático.

O Rio Grande do Sul e Minas Gerais são os dois estados com o maior número de empresas responsáveis por comercializar e beneficiar o material gemológico, embora a grande maior parte da produção seja exportada ainda na forma bruta.

A ágata e a ametista são algumas das pedras mais conhecidas por todo o mundo devido ao tamanho dos depósitos formados, considerados os maiores do mundo. Entretanto, pela falta de estudos adequados, não há um bom aproveitamento das reservas, o que resulta em impactos e passivos ambientais, além de reduzir a produtividade. 

A exploração nessa cidade gaúcha teve início com a chegada de imigrantes ao estado, principalmente alemães e italianos, entre as décadas de 1820 e 1830. Acredita-se que os imigrantes já chegaram com o intuito de encontrar geodos de ágata no sul do país. Também há registros históricos de extração de ágata nos municípios gaúchos de Lajeado e Soledade, mas essas jazidas estão praticamente esgotadas nos dias de hoje. Entre as décadas de 1950 e 1970, a extração de pedras era realizada de forma artesanal, utilizando pás e picaretas, porém, a partir de 1975 já havia o auxílio de máquinas, como tratores esteiras e retroescavadeiras, para realizar o trabalho pesado. Durante a extração artesanal, as ágatas eram encontradas em lugares mais baixos por causa de um processo de erosão, onde eram constituídos solos residuais, enquanto atualmente a extração é realizada pelo método de lavra a céu aberto e subterrâneo. 

Método de lavra a céu aberto.

O tipo de ágata mais frequente no Brasil é a ágata umbu, batizada dessa forma, pois foi descoberta em grande quantidade na antiga Fazenda Umbu, na cidade do Salto do Jacuí. Essa pedra forma geodos de coloração cinza, sem atrativos naturais (geodos são formações rochosas, cavidades que se formam em rochas, e são revestidas por formações cristalinas), de cor azul escura homogênea, adequada para o tingimento devido seu material poroso e, consequentemente, possui grande valor.

Mas, como nem tudo são flores, as indústrias do Rio Grande do Sul deixam a desejar em relação aos aspectos ambientais. Na operação de corte das gemas, por exemplo, é gerado um lodo que, depois de reaproveitado, é destinado para aterros de resíduos industriais. Além disso, também há perda de matéria-prima nos processos de beneficiamento, como em oficinas pequenas informais, normalmente por falta de conhecimento ou de espaço, que descartam a sobra do material que poderia ser destinado a um depósito de lixo. Estima-se, de forma otimista, que 65% do total da pedra ágata bruta é alterada para um produto final comerciável. É de extrema importância, então, que os resíduos e o desperdício fornecidos pelo setor mineral sejam alvos de alerta para os ambientalistas e para a sociedade em geral. 

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