Palha da costa

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A palha da costa (também chamada de ikó) é uma fibra vegetal, conhecida como fibra de ráfia, que é extraída de palmeiras e costuma ser utilizada para a produção de sacos para transporte de pequenas cargas, cestos, chapéus, esteiras, tinturas, também usada em religiões de matriz africana e como cordame na horticultura e artesanato.

Palha da costa

A fibra de ráfia é extraída de um gênero de palmeiras chamado Raphia (conhecida como Igí-Ògòrò em iorubá), da mesma família do dendezeiro, e as folhas de algumas espécies podem atingir mais de 20 metros de comprimento, sendo muito aproveitadas. Dentro das vinte espécies, algumas mais conhecidas são a jupatí (Raphia Taedigera) e palmeira ráfia (Raphia farinifera). Todas as espécies são nativas da África e algumas se propagaram pelas Américas Central e do Sul e são muito aproveitadas na área ornamental e paisagista.

Também é possível produzir a fibra de ráfia sinteticamente através de um material chamado polipropileno, mas a fibra natural é extraída dos folíolos. Além disso, as nervuras centrais são utilizadas como material para a construção de cabanas, móveis, cercas, varas, redes de pesca, entre outros.

Morfologia foliar

Entre os 20 e 30 anos de idade da palmeira, surgem inflorescências de até 3 metros de comprimento entre as folhas e pode levar de cinco a seis anos até haver frutos maduros, que têm escamas marrons e medem de 5 a 10 cm de comprimento. Depois da floração, a planta começa a morrer lentamente.

Inflorescência (conjunto de flores)
Fruto da palmeira

Pode ter caule solitário ou múltiplo e, a depender da espécie, a palmeira pode atingir até 10 metros de altura. A planta gosta de solos úmidos, embora também tolere os mais secos e suporte geadas fracas.

Palmeira Raphia farinifera com caules múltiplos
Palmeira da espécie Raphis excelsa

A seiva da palmeira também é utilizada para produzir o emu (vinho de palma, bebida típica da Nigéria e região onde está localizado o povo iorubá), pois, assim que sai da árvore, começa a fermentar. Quanto mais tempo passa, mais fermentado se torna e maior é o teor alcoólico, podendo variar de 2% a 15%, podendo ser destilado em um licor alcoólico forte ou então usado como fermento biológico.

Os frutos e as sementes são comestíveis, e a polpa do fruto também pode ser fermentada em uma bebida alcoólica. Além disso, da semente é possível extrair óleo comestível e produzir manteiga de ráfia, sabão e estearina (uma mistura de gorduras naturais que é obtida a partir das frações do óleo de palma). Em Madagascar, a raíz da palmeira é usada contra a dor de dente, a bainha foliar é utilizada para o tratamento de distúrbios digestivos, uma substância líquida obtida da inflorescência é utilizado como laxante.


Embora a “verdadeira” palha da costa seja extraída da palmeira ráfia, é possível (e muito comum) encontrar palha da costa extraída do buruti, que é um nome dado a certos gêneros de palmeiras (Mauritia, Mauritiella, Trithrinax e Astrocaryum, da mesma família da jupatí e do dendezeiro, a Arecaceae).

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